Documentário A guerra dos navegadores

Documentário excelente que conta a batalha entre os navegadores Internet Explorer da Microsoft e o falecido NetScape Navigator.

Conheça a história!

No seu início a internet não passava de uma rede de pesquisa para hackers e cientistas. Isto mudou em 1993 quando Marc Andreessen criou o MOSAIC o primeiro navegador da web. Andreessen distribuiu 12 cópias beta do Mosaic pela extinta USENET que rapidamente se propagaram para 1milhão de cópias em 9 meses.

Jim Clark, criador da empresa Silicon Graphics, percebeu o potencial do Mosaic e resolveu em parceria com Marc Andreessen fundar a Netscape Communication, em 1994, no Vale do Silício. A partir de então nasceria o Netscape Navigator navegador, baseado no Mosaic, que tornaria a web popular.

O que Bill Gates, que pretendia controlar a indústria da informação, mais temia era que jovens tivessem idéias geniais que desbancassem a Microsoft. Era exatamente isto o que estava acontecendo.

A supervia da informação havia começado, mas, na época, Bill Gates e a Microsoft desprezaram o Netscape Navigator e a web. Em Seatle, Gates tinha dúvidas sobre a web. O alto escalão da Microsoft não estava interessado no navegador Netscape.

Em 13 de outubro de 1994 foi lançado o Netscape Navigator que teve um sucesso instantâneo, naquele momento começava a era da internet. Foram feitos, neste dia, 1 milhão de downloads do Netscape. A partir de então Gates percebeu que estava em perigo. Por quê?

No mundo da informática quem lidera o mercado é aquele que detém o programa conhecido como plataforma. No caso da Microsoft o programa plataforma é o Windows. A preocupação da Microsoft era que estivesse surgindo um novo tipo de plataforma liderada pela Netscape.

Gates percebendo a importância da web e com medo de perder a liderança do mercado enviou um memorando aos seus funcionários intitulado “A onda da maré da internet”. A partir daí começa de fato a guerra dos navegadores. A Netscape era uma nova concorrente, uma nova batalha iria começar.

A Netscape achava que o plano empresarial da Microsoft deveria obedecer à lei (antitruste), mas não foi bem assim.

Em 1995 houve um encontro entre a Microsoft e a Netscape. Sobre este encontro há duas versões. Segundo a Microsoft a reunião foi aberta, amistosa, queriam fazer uma aliança com a Netscape. Segundo a Netscape o pessoal da Microsoft chegou e fez uma oferta de compra de 1 milhão de dólares. Se esta, a Netscape, não aceitasse a oferta, eles, a Microsoft, iriam copiar tudo.

A Netscape resolveu abrir seu capital, se tornar pública. Mary Meeker - Wall Street - relata que em agosto de 1995, em um dia, as ações da Netscape subiram fora da escala. De 5 milhões de dólares investidos por Clark para criar a Netscape, neste dia, houve um retorno de 663 milhões de dólares, para por fim, a Netscape se tornar uma empresa de 2 bilhões de dólares.

Há uma conhecida história na qual Marc Andreessen fez sombra no gigante, desprezou o Windows e disse que o mesmo não passava de um conjunto de drivers de dispositivos mal depurados. Esta história atiça ainda mais a Microsoft que em 7 de dezembro de 1995 lança o Internet Explorer. Ele vinha com um instalador como todo software que era fornecido para o Windows. Gates investiu milhões na web e no Internet Explorer.

Gates enviava seus vendedores, "furtivos" e "ardilosos", para enfiar o Internet Explorer goela abaixo dos seus clientes. Jim Clark relata uma história na qual a Microsoft comunicou a Compaq para que a mesma parasse de distribuir o navegador Netscape, caso contrário, cancelaria a licença do Windows da Compaq.

Após todos estes fatos acontece o grande lance da Microsoft: ao invés de cobrar pelo navegador, como todos faziam, a Microsoft passou a dá-lo de graça embutido no sistema operacional. A partir de então a Netscape começou a ruir e o Internet Explorer 4 ganhou a maior fatia do mercado. A Netscape, por fim, foi comprada pela AOL.

O advogado Gary Reback entrou na justiça contra a Microsoft e o governo norte-americano, representado pelo departamento de justiça, em 1998, abriu um processo antitruste, com práticas predatórias, contra a Microsoft.

No julgamento, que foi filmado, Gates negava todas as perguntas que lhe eram feitas, a seu favor, mas, chegou a admitir que enviou um e-mail para os seus funcionários cujo conteúdo afirmava que a estratégia da Microsoft era entrar em acordo com a Netscape para comprá-la.

O juiz federal, responsável pelo caso, decidiu que a Microsoft era culpada e resolveu dividi-la em duas empresas. Neste mesmo dia as ações da Microsoft caíram 30 bilhões de dólares. Mas uma corte federal de apelação alegou que o veredicto era muito duro e voltou atrás.

Gates agora se dedica a Gates Fundation, o novo CEO da Microsoft é Steve Ballmer. O documentário “A Internet: guerra dos navegadores” termina afirmando que a Microsoft não é mais aquela empresa da época de ouro da guerra dos navegadores e que uma nova geração de geeks vêm ganhado força em empresas como a Google com idéias inovadoras como a “computação em nuvem”, que significa, ao olhar para cima você poderá encontrar tudo. Um exemplo deste conceito é o Google Docs.